quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

O surgimento da coisa toda


Pra conseguir explicar um pouco de como surgiu a ideia, nada melhor do que um texto do Mestre dos Magos Pina. Reprodução do site http://www.relatosderesistencia.com.br .

“Treinar bastante é bom porque também nos prepara pra umas roubadas divertidas. E sempre tem que ser divertido. Depois de muito planejar, finalmente saiu o pedal de Lauro Muller até Urubici, passando pela fantástica e justificadamente famosa Serra do Rio do Rastro.

Fomos em 4 triatletas, todos de bikes TT. O percurso compreende 3/4 do Fodax, que ainda sobe o morro da igreja. Mas como fomos de TT e somos triatletas e não ciclistas, essa parte fica pra próxima vez, quando de preferência a estrada até o morro esteja em melhor estado hehe.

A logística ficou perfeita. Pernoitamos em Urubici e fechamos o transporte e apoio de lá até a base da serra. Depois de jantar 1 pizza per capita no sábado a noite, partimos às 7:00 de domingo rumo ao início do pedal. Um amanhecer sem neblina e friozinho anunciavam o dia.

Logo que passamos por Vacas Gordas o céu ficou azul, livre de qualquer nuvem. Seguimos curtindo o percurso e estimando o tamanho da encrenca de voltar aquilo. Chegamos no mirante da serra com tudo aberto e descemos direto pra iniciar o pedal o quanto antes. Começamos a pedalar eram mais de 9 horas e o sol já ardia, mas a temperatura estava amena. Seguimos com o carro de apoio na retaguarda, um trabalho incansável e perfeito do Marcelo Sabiá, que além de tudo ainda tirou as fotos.

O início da serra é leve, uma inclinação civilizada e contínua, ainda em asfalto. Depois de uns 8 ou 9 km a coisa começa a ficar séria quando o concreto aparece. Até o concreto a coisa vinha de moderado pra forte, mas aí o caldo deu uma entornada. A sequência de curvas de tirar o fôlego, literalmente, ia nos levando pra perto do topo, com trechos de inclinação bem acentuada. Ritmo de 10 km/h exigia um monte de força.

Levamos em torno de 1h08 pra chegar ao topo, menos o Manente que foi tentar empenar o pedivela no final e já vinha voltando :-). Reabastecemos e tiramos umas fotos e logo partimos para a segunda parte, uns 30 ou 35 km (eram 40) até o trevo do Cruzeiro que levaria até Urubici.

Saímos do mirante bem rápido e um pequeno trecho plano fez o ritmo render absurdo, mas só até começarem os sobe e desce intermináveis. Já era perto das 11 horas e o calor estava apertando, assim como o terreno. Em descida, 70 km/h ficou velocidade de cruzeiro. Nas subidas, baixa rotação um bocado de suor, a sempre entre 1200 e 1400 m de altitude.”


“O trevo não chegava nunca, de lá em diante eu conhecia o percurso e não via a hora de pegar o trecho mais ‘plano’ :-). Quando finalmente o bendito apareceu, depois de uma subida de uns 10 km, reagrupamos e abastecemos novamente. Hábeis em pedalar com apoio, ninguém lembrou de levar um isopor com coisa gelada dentro, foi só água em temperatura ambiente :-).
Tocamos pro fim do pedal, com estrada perfeita e menos movimento de carro ainda. Passamos pelas duas vilas que existem nesses 45 km de estrada e na última subida tive que acenar pro apoio pra pegar água, a coisa ficou seca demais. O ar também andava muito seco, 50 % em urubici é bastante secura, o que associado ao vento, sol ininterrupto e altitude, desidratou todo mundo.
A última descida até a cidade foi de aloprar, descemos muito rápido. Logo reunimos na base e pedalamos os últimos 5 km planos até em casa, fechando um pedal magnífico, dos mais bonitos que já fiz com asfalto no piso :-). E também, dos mais desafiadores. Saiu um teste de FTP na subida da serra, que onde teve 1h a 90%, o que deixou a brincadeira toda com um IF de 85 em 4h20. Bastante coisa, um esforço digno do percurso !
Valeu demais galera, obrigado pela parceria.
Até a próxima. Quem sabe, fechando até o Cindacta :-D.
Lá se foram 104 km, 4h20 e 2400m de subida. Fotos abaixo. Vídeo em breve.”

    

 
 






Bom, agora vamos falar do surgimento da ideia do FodaxMan.

Durante esse pedal magnífico, cada vez que eu via um lago, lagoa ou qualquer ambiente que possuísse água, eu pensava que poderíamos nadar ali e fazer uma prova de triathlon. O papo a noite foi nesse sentido, depois do treino. Novamente em junho fizemos uns treinos em Urubici (Eu, Fabrício e Pina, dessa vez sem o Palhares) e aí a ideia começou a ter mais sentido.A gente já pensava, mas não tinha nada concreto. Certo dia eu na frente do computador, medi a distância lá de Criciúma até Urubici e já deu coisa perto de 160km. Coloquei o ponto de partida mais pra longe, mais precisamente em Içara, na Lagoa dos Esteves (já teve uma prova do Estadual de SC por lá) e “pah”, 181km. Estava surgindo o FodaxMan. Falei pra eles no nosso grupo, chamado #retardadosTRI que tinha uma sugestão e lancei a ideia. Óbvio que o pessoal adorou a demência! E daí em diante as coisas foram sendo planejadas, fomos comentando com amigos e a coisa começou a sair do papel. Agora, arrumamos uma “encrenca” das boas pro primeiro fim de semana de janeiro.



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